Nesta época de consumismo frenético, fica cada vez mais difícil sentir o óbvio, abrir os olhos pra o que realmente importa. Um par de olhos um pôr-de-sol...ainda fazem toda a diferença.
Sério, é preciso estar muito fechado a natureza dos sentidos pra deixar de sentir o que realmente importa, porque por baixo desta carga de escombros moderno e de ultima geração que nos é jogado em cima, os bons sentimentos, as coisas simples da vida ainda surgem e alegram, trazem o sentido para a vida as vezes vazia. É como a água que brota entre as pedras.
Disse Humberto Gessinger, no seu livro Mapas do Acaso:
" Tenho certeza que Deus esta nos detalhes e as coisas simples são as melhores. Tai uma dessas velhas e surradas sabedorias que a gente teima em esquecer".
O que dizer diante disto para justificar a banalidade em massa que vemos nos dias atuais, ou ao menos, em uma escala nunca vista antes?
Recebo diariamente vários sinais que Deus existe, vários "detalhes", nem sempre percebo, infelizmente. Diariamente tenho "coisas simples" a minha volta, novamente... as vezes passam desapercebidas.
Um ótimo ex. disto, do simples essencial, do detalhe Divino., mas neste caso reconhecido.... depois da escola, quase que todos os dias atravesso a avenida em frente ao meu escritório para ir com minha filha comprar um lanche numa loja de conveniencias, ao atravessar a rua, segurar na mão e olhar varias vezes ao redor é instintivo e indispensável....mas, antes e depois disto, sempre passamos a mão por trás das costas um do outro, um abraço lateral, um caminhar abraçado... com certeza, uma "coisa simples "da melhor qualidade. Deus existe.
Estamos ali, eu e minha filha conversando e indo fazer um lanche, alheios a correria do transito ensurdecedor, as pessoas sem tempo e ao caos cotidiano...apenas pai e filha abraçados, naturalmente carinhosos, sem cobrança...apenas doação mutua e incondicional; Deus existe.
É preciso ver estes "detalhes" com mais atenção, com estranhos passageiros, com os amigos e com toda a família. Deixar as "coisas simples" de lado, bem como os "detalhes Divinos", é o mesmo que evitar a vida...o verdadeiro sentido da vida.
Banda pop alternative de Copenhaguem- Dinamarca, formada em 2008 pela vocalista Mette Lindberg e o produtor Lars Iversen. Ganharam notoriedade ao participarem do comercial da Heineken chamado "The Entrance" com a musica "The Golden Age".
"Se chego sempre atrasado, se nunca sei que horas são...
é porque nunca se sabe até que horas os relógios funcionarão!" (Nunca Se Sabe- Humberto Gessinger)
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Mais uma vez eu atrasado. Usarei a desculpa do signo que me norteia( ?), Touro, devagar e sempre...passos lentos porém firmes. Mais uma vez eu sempre atrasado. Mas como diz o trecho da canção dos Engenheiros do Hawaii (acima), não importa muito quando, já que o tempo é relativo e o que importa mesmo é o presente.
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Bom, recém hoje , por volta das 00:23h, terminei de assistir Lost. Mais de um ano após o final da série. Nas ultimas duas semanas vi em sequencia quase que de ritual, a 5ª e a 6ª temporada que me faltavam. Quase em transe fiz isto. Precisava terminar a saga, saber onde ela me levaria.
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Pensei em escrever minha impressões, pensei em buscar furos, em indicar falhas no roteiro, em listar coisas mal explicadas na história....nãããããã. O final foi lindo, leve, ar puro, e finalmente paz, harmonia!
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Li vários blog's discutindo o final da série, a maioria com discurso afinado e satisfatório, apenas algumas pessoas com pensamentos levianos e cinzas. Pessoas que não entenderam mesmo a essencia, ou não querem dar o braço a torcer, não querem que a redenção que vimos nos personagens, mostre a falta que ela nos faz nas nossas vidas. É isto. O grito da verdade mostrada na série, da verdade humana, pôde claramente ser ouvido por todos, mas infelizmente, alguns vão ignorá-lo.
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A Trilha sonora de Lost, composta por Michael Giaccchino foi do inicio ao fim da série PERFEITA.
Obs.: A canção "Nunca se sabe" veio na hora, por obra do acaso ou destino, não se sabe....mas veio e faz muito sentido, se encaixa na atmosfera Lost.