Peças de um motor.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Veio a cabeça.

Sempre penso que os sonhos se formam da seguinte forma. A atividade tem um inicio em algum fato que te ocorreu, ou que tu viu/ ficou sabendo. Ex. pratico: um filme de terror.
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Tu fica com cenas na cabeça. A noite surge durante o sono esta atividade no cérebro, inicia-se uma história, envolve sempre algum conhecido, mesmo que não faça muito sentido, geralmente é alguém que tu não vê há anos, geralmente o lugar é insólito, ou é um lugar que designa algo da vida real, porém não é o mesmo lugar, só o representa. Ex: sabe que estas em casa, porém é uma casa totalmente diferente. 
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Pra mim depois de iniciada a história e conforme o rumo da mesma, pendente de tua reação no sonho, o cérebro vai buscando no banco de dados da memória pessoas, objetos, frases, lugares e coisas pra inserir na história, porém tudo aleatoriamente, dai alguns sonhos serem sem pé nem cabeça.
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Esse banco de memórias nossas é vasto. Hoje ao puxar uma bala pra comer, vi que era de pêssego..."peache" em inglês. Dai do nada, me veio a cabeça a canção "Peaches", da banda de Seattle "Presidents of the USA", a qual teve seu clipe muiiitttoooo rodado na MTV, velhos e bons tempos.
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É sempre bom recordar, nem tanto ver datas e calcular quantos anos se foram....o certo é que a nostalgia logo paira no ar.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Fantasmas ao meu redor.


Uma bela percepção, e com um senso de humor na medida certa,(se tratando de uma auto-analise)  é a idéia que Humberto Gessinger nos brindou em seu ultimo livro "Mapas do Acaso". Ele fala sobre seus "Fantasmas".... e claro, logo começamos a identificar os nossos.
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Cada escolha que fazemos, cada esquina que viramos (ou não), cada sim ou não que disparamos para as opções a nós apresentadas pela vida, pelo destino e/ou karma, tomamos um rumo, e na outra direção, segue um fantasma nosso.
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Pensei nos meus. Alias, sempre pensei nos meus sem ter a idéia muito clara, que eram meus fantasmas. Talvez os mais significativos sejam:

O fantasma que fez a inscrição na UFSM em 1998 em tempo hábil, e que se formou em Educação Física. Tem o fantasma que seguiu jogando no Nacional de Rivera quase no mesmo período de 98. Tem o fantasma que segue até hoje dançando no bailado e danças de salão. Ainda tenho o fantasma que comprou uma guitarra em 1999 e seguiu vivendo da musica. Este ultimo, ganhou durante todos estes anos vários parentes diretos, pois até hoje crio fantasmas atrás de fantasmas no que tange a questão musical.
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Sigo criando e matando canções na solidão do meu quarto. Uma mistura insana de maternidade e corredor da morte. Até quando? Ah se eu soubesse !
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Mas a vida que levo hoje, que não se gerou  fantasma é uma vida muito boa, feliz e  tranquila. Será que aqueles fantasmas todos que criei estão nesta condição também? Se eu perguntar eles me responderão ? Ou tentarão ludibriar-me na tentativa de trocar de lugar comigo ? Melhor deixar quieto.
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Fiz escolhas. Eis a prisão da liberdade. Ser livre pra ir e vir, para ficar onde está... as coisas ao meu redor fazem sentido pensando bem... pensando bem, há muito que se fazer ainda....muitos fantasmas serão criados ainda em varias guinadas. Hoje mesmo talvez, amanhã quem sabe... seguir aparando as arestas... separando o joio do trigo...pensando bem, melhor deixar quieto...a água sempre acha um caminho pelo riacho tortuoso e assimétrico.