Peças de um motor.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Dolce Vita.

Como de costume, liguei o radio ao dirigir...ontem por volta das 18hs. Na estação que estava já sintonizado, algumas cabeças "pensantes" discutiam politica, um politico falava sobre eleições e a velha e boa politicagem adentrava ouvidos incautos.
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Não resisti ouvir aquela baboseira por mais de 15segundos e troquei de estação, eis que a vida, o destino, Deus, o Karma, alguma destas forças maiores, me brindam a música "Dolce Vita". Música de 1983 único sucesso do cantor italiano Ryan Paris, que alcançou as paradas mundiais.
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Mudar é saudável. É necessário. Mudei de rádio e consequentemente mudei meu humor. Mudei das falácias de um politico para uma bela canção que fala de forma leve e simples  sobre a vida.
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E pensar que muitas vezes deixamos de mudar algo em nossas vidas pelo medo do novo. Medo da incerteza. 
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Temos que dar mais chances as coisas a nosso redor, as pessoas a nosso redor. Mudar e arriscar... sempre! Afinal a vida só é amarga pra quem deixa de sonhar, pra quem perde a esperança.... se mantivermos sempre o gosto pelo novo, pelo risco.... temos mais chances de manter distante o amargor da vida..
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Como disse Belchior: "Amar e mudar as coisas, me interessa mais".

Dolce Vita


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sem preguiça, olho no olho!

Reclamar das coisas da "vida moderna goela abaixo" que tentam nos vender a toda hora, pode parecer caretisse aguda pra maioria que apenas seguiu/segue a ovelha mestra sem questionar pra onde ou porque. Pra mim faz bastante sentido.
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Mesmo assim, sendo um critico desta "vida moderna goela abaixo", que prega o conceito: Hitech/ Fast/ Cool, pra tudo que nos cerca hoje (porque amanhã tudo já sera obsoleto), as vezes caio na dança desta cigana sedutora vida moderna.
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Mas dar-se conta disto já é um bom sinal, e tentar melhorar, idem.
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Outro dia havia emprestado uma ferramenta para meu cumpadre (das antigas), uma serra de cortar ferro com o respectivo arco, para o mesmo fazer ajustes caseiros, porém sinceros, em seu futuro-ta quase-lá Estúdio de gravação...No dia seguinte, meu pai resolveu fazer algum serviço em casa, destes que "homens da casa" costumam fazer, e que minha mãe tanto cobra de meu pai, e mais sutilmente de mim. Pois bem, ele precisava da ferramenta que eu havia emprestado. Era feriado, 7 de Setembro... então pensei em passar uma mensagem (sms) para o Ale, meu cumpadre, perguntando se eu poderia ir até a casa dele pegar a ferramente de volta. Pra meu azar, eu estava sem credito no celular (ha pessoas que nunca colocam creditos em seus aparelhos e sempre se surpreendem quando estão sem creditos, sou uma dessas) e não pude passar a mensagem. Em seguida, veio a luz e iluminou o breu da situação, expondo a armadilha que eu estava caindo. Pra minha sorte eu estava sem creditos!!!!
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Me criei na mesma rua que meu cumpadre. Não fomos amigos de infância, mas de adolecencia, e até hoje temos um vinculo muito forte, tanto que este é o padrinho de minha filhota, e certamente um irmão que não tive (do sexo masculino, do feminino tenho 1 irmã)! Na epoca de "guri", ele morava mais ao fim da quadra, e esta rua tem uma particularidade, pois normalmente as quadras tem 100m....a nossa creio que tem uns 200m.. Eu ia a casa dele e vice-versa, constantemente, pelos motivos mais variados, importantes e banais entre amigos. Não lembro bem, mas me arrisco a dizer que não passavamos um dia sem ir um na casa do outro, ou a estarmos juntos na casa de algum outro amigo da rua.
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Tudo isso, sem aviso prévio, sem pré-consultas, ou agendamentos. Simplesmente iámos. Nos brindavamos o prazer do acaso.
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Hoje em dia , nos separam exatas duas residencias, talvez 20 m.!!!! E neste dia 7 de Setembro de 2011 lá estava eu caindo na armadilha da "facilidade" da vida real moderna, passando uma mensagem para um amigo do peito que vive a 20m. de minha casa. Serviço do qual uma pedra bem atirada ou um bom grito, se encarregariam perfeitamente.
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Só não direi que foi sorte/destino estar sem credito no celular porque sempre estou sem... essa mania de estar sem credito é uma auto-sabotagem minha contra a "onda", talvez um mecanismo de defesa que criei meio que sem querer. Talvez as pessoas que me retornam toques a cobrar sejam os verdadeiros culpados eehheeh!!!!
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Temos que nos vigiar constantemente nesta "vida facil moderna", pra não cometermos erros tal qual o que quase aconteceu comigo. Brindemos nossos amigos e familiares com a surpresa da nossa visita, da nossa presença, mesmo que tenhamos creditos no celular! Parece que com o passar do tempo, nos afastamos das pessoas queridas pela falsa sensação de proximidade da tecnologia. As vezes entro no Facebook da Marly (minha esposa) e penso em deixar um recado bonito pra ela....nãooooooo!!!! Sempre consigo fugir desta armadilha em dizer algo pra alguém que está ao teu lado, só  pra que os teus amigos virtuais saibam disto e comentem clicando num icone de uma mão com o polegar erguido. O que tem a ser dito,  deve ser feito olho no olho, sem filtro, nem emoticons.
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Curiosidade: O Ale vivia há uns 150m. de mim. Foi diminuindo a distancia. Passou primeiro pra uns 70m...depois uns 50m...depois 40m...hoje vive há 20m. Porém, antes destes 20m. Foram 500km de distancia por varios anos. Essa distancia real sim foi suprida varias vezes pela conectividade...mas esta agora de 20m...nunca deve ser sanada por nenhum meio virtual, para o bem das convicções deste velhaco chato de 3 décadas e 18 meses!!!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

SUPER ficial

Onde isto tudo vai parar? Bom, parar vai parar para todos, dia a mais ou dia a menos (menos mal) ...mas digo esse sistema de vida atual baseado na superficialidade.
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Parece que começou quietinho esse movimento, uma ondinha...foi ganhando gás, tomou vários redbull's, ouviu musica eletronica por noites e noites, turbinou os peitos, inseriu objetos sob a pele, tomou extasy pra segurar o ritmo e se tornou um vagalhão. E agora, chegou a terra firme, a nós. Tudo isso documentado por celulares de alta tecnologia em tempo real via redes socias, pra deixar aquele gostinho de "também quero" na galerinha da onda...e que certamente não quer perder a onda.
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Minha analogia é falha pensando bem. Um vagalhão é uma força "liquida" porém de uma pressão imensa...justamente o oposto da "superficialidade". Pensando bem, ambas sufocam do mesmo jeito!!!


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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Borboletas no aquário...

Os papinhos da nossa aldeia continuam os mesmos...logo eu chato que sou, continuo por fora! Pedra na mão e flor no chão.
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Parece que cada dia fica mais sufocante a politicagem, em todas as áreas e o tempo todo atuando. Essa gente não dorme, não para nunca, sempre há algo/alguém novo a ser corrompido.  São os nossos agentes do destino. Tramam os próximos passos para todos, em várias escalas.
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Os bons são ainda a maioria ? Acredito que sim. Porém são fracos, calados, mal informados e acomodados. O cheiro sujo está no ar, impregnado nas roupas, nas mesas e microfones....nas falsas risadas, nos abraços mecânicos está o carinho mal carater ao carente prostituto. Eis a definição de muitos: Carentes prostitutos.
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O caminho  fácil dos maus  é infinitamente limpo e reasfaltado constantemente pelo silêncio dos bons ignorantes. 
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A época maldita de eleições se aproxima, o ar pesado atesta isto. Eu farei uso desta arma da melhor forma possível, voto em branco ou naquele zé ninguém que talvez nem ele vote nele mesmo. Aos demais sobrará meu mais sincero e profundo desdém. Não me venham entregar panfletos com informações angelicais, o diabo está exposto há tempos...está estampado nas caras enrugadas dos canalhas. A mascara caiu. A ponte caiu. Do pó ao pó.
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Rezo as vezes para que o céu seja finalmente o lugar desejado por todos de bem. Nem tanto para os bons descansarem, mas mais para os canalhas serem julgados. Talvez este pensamento não me de entrada para o céu, talvez me leve ao purgatório primeiro, mas digo, enfim seremos felizes. 
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Veremos os canalhas sofrerem, mas não quero que derramem uma gota de sangue a mais que não mereçam...quero apenas a justiça....quero que comam todo o joio que foi semeado junto ao trigo. Quero que sejam lembrados a cada instante de seus pecados, de suas mesquinharias mais baratas. 
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Verão eles, que não há nada de novo no ovo da serpente...e enfrentarão o veneno das crias que romperão com sede os vários ovos dos infinitos  ninhos que cultivaram durante a vida terrena, Será mordida sobre mordida, veneno bombeado corpo adentro.
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E no dia seguinte, seus corpos se regenerarão para começar tudo de novo...tal qual a ave que comia todos os dias o fígado de Prometeu amarrado a uma rocha.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Peixe fora d'água.

Segundo minha esposa não passa de certa arrogância minha, uma distorção que tenho em relação a como me vejo. Segundo ela não sou tão diferente assim como me sinto. Talvez seja uma boa desculpa somente pra me desligar de certos assuntos e situações...
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Já ouvi várias pessoas dizerem: "nasci no tempo errado". Pessoas de diferentes raças, credos, culturas e etc...ou seja, é uma sensação que atua sem distinção. Também já ouvi: "nasci no lugar errado".
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Por um tempo pensei que eu me daria bem numa cidade maior. Sempre que pensei isso pensei em Porto Alegre. Um rumo quase certo pra pessoas do interior...até ai nada de diferente. Porém pelas circustancias, esquinas dobradas, escolhas feitas e todas  as formas de navegação que se apresentam no nosso caminho...acabei ficando.
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Hoje já não sei se a loucura duma capital seria boa pra mim. Todos dizem que não é boa pra ninguém, e podendo fogem pro interior... mas é aquela coisa, "a grama do vizinho é sempre mais verde". Pode ser. Deve ser. Como nunca vivi lá acho que seria bom....como alguém que sempre morou em um grande centro, acha que o interior é uma maravilha. Deve existir uma cidade meio termo, que englobe as praticidades de uma capital, a variedade, principalmente cultural, com a tranquilidade do interior, sim, porque no interior o único quisito bom é a tranquilidade, que na verdade é uma faca de dois gumes, uma areia movediça que vai travando tudo e todos, passando de um lugar tranquilo para se viver, para um lugar em coma.
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A monocromia que toma conta do interior me enoja. Talvez eu me sinta um peixe fora d'água mais por isso. As modinhas do interior, a "galera" do interior movida eternamente pelo conhecido "efeito ovelhinha", seguindo uns os passos dos outros, tentando pisar exatamente onde outro já havia pisado e tudo isso num circulo, em volta da fogueira do point da estação, que dura até alguém levantar a cabeça e resolver ir praticar o ritual da mesmice em volta de outra fogueira....neste momento as demais ovelhinhas seguem atrás, sem saber pra onde nem pra que, mas se alguém está lá devemos ficar lá não é?!!!
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Chegando o verão a idiotice só aumenta. Lembram do filme "Quanto mais idiota melhor"??? Pois é, muitos parecem levar estampado isto na testa...o que por ser algo deliberado até seria insosso, porém, e ai está a desgraça...tem plateia e seguidores!!!Se bem que só a frase" Quanto mais idiota melhor " faz sentido pra esses manés, porque até no filme os protagonistas tem personalidade !
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Vamos ver:
*Não gosto de som super potente em carro (isso deve ser pra compensar algo);
*Não gosto de canos tunados barulhentos, nem em carros, nem e principalmente em motos( também claramente compensa algo);
*Não gosto do ritual: carro, som alto, musica da hora (sem importar o lixo que seja), cerveja, provocações automotivas, mulheres acéfalas no clima, e tudo isso aplaudido e seguido por muitos.
*Não gosto do pensamento que impera no interior: Tu vai,? Eu vou vai tá todo mundo lá!;

Bem talvez eu simplesmente seja normal....pois estas pederastias citadas acima é que são aberrações na verdade.
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Como eu queria programas culturais interessantes, lugares bons pra ir tomar um café e conversar...a noite um lugar legal pra ir com alguns amigos pra tomar um drink e tecer filosofias de bar, mas sem as cenas ridículas que narrei acima, um lugar com uma banda dando a cara pra bater, tocando musicas próprias, dizendo o que pensa, e não simplesmente fazendo cover dos maiores sucessos...
falta identidade pras pessoas, só agem por eco.
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Sigo sendo um peixe fora d'água aqui...tentando sempre cuidar pra essa areia movediça não me pegar...sei e conheço poucos assim... como disse John Lennon "Podes dizer que sou um sonhador, mas não sou o único".