Peças de um motor.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Into The Wild

Na Natureza Selvagem (Into the Wild, no original) é um livro do escritor, jornalista e alpinista estadunidenseJon Krakauer, publicado em 1996 (Brookline, Massachusetts, 12 de abril, 1954). O livro conta a história verídica de Christopher McCandless.
Em 2007, o livro foi adaptado para o cinema com o mesmo nome do livro, e o filme estreou em 21 de setembro 2007.
-Fonte Wikipedia-
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Como sempre chego atrasado, se nunca sei que horas são, parafraseando Humberto Gessinger....recém ontem 28/01/2010, quase 3 anos depois do lançamento, finalmente assisti o filme.
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Alguns maldosos comentarios dizem que é um filme típico rebelde sem causa, apenas um burgues que quis abandonar a vida boa e sair por ai vivendo sem rumo, na natureza selvagem. Respeito por educação esse tipo de opnião. Minha ótica é bem diferente, quem sabe cega pela empolgação da liberdade saboreada por Alex, mas creio que estranho justamente, é não se contagiar com tal história.
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Chris tinha um plano. Viver a vida na natureza, longe do veneno da civilização. Colocou em prática logo após se formar na faculdade. Sem avisar ninguém, nem sua querida irmã, ele se lança ao seu destino, como formar de se encontrar espiritualmente, mas também ele quer dar  uma lição a seus pais. Brigas e mais brigas, trabalho, dinheiro, lucro, essa era a atmosfera de seus pais. Depois em sua viagem ele descobre mais um fato aterrador sobre o passado, o que reforça mais a ideia de afastamento. O mesmo segue até chegar ao Alaska....e a seu derradeiro final.
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Fiquei sem palavras ao termino do filme, tamanho soco no estomago ele te desfere. Tamanha arrogancia temos nós todos os dias achando que precisamos sempre de mais, sempre querendo mais. Buscar fatos erroneos em sua trajetória é para gente leviana, que tenta matar dentro si mesma o Alexander Supertramp que vive escondido em cada um de nós. Ele cometou erros, não pensou em tudo, OK...mas por isso vão julga-lo? Cometemos erros a cada instante. Há dois momentos que retratam bem a normalidade dos "erros".

1/ O velhote que ele conheceu conta a história de como perdeu esposa e filho, ele estava em estava na guerra, e eles em casa em segurança correto? Não! Eles sofrem um acidente de transito e morrem. Vejam a ironia, ele estava na guerra, logo, quem tinha talvez 99% de chances de ser morto? Mas quem morre são seus familiares. A segurança é uma ilusão. Prevenir-se é necessário e diminui riscos, mas não é garantia de nada.

2/ Chris levava seus autores como uma bíblia embaixo do braço, e por isso cometeu certas imprudências, mas também por essa fé nas palavras de seus autores, ele decidiu voltar. Mas ficou, como ele mesmo diz, preso pela natureza. O rio que no inverno adormecia, na primavera despertava com toda sua força. Ao meu ver neste momento ocorre a descoberta da necessidade de voltar e se reencontrar com sua familia e amigos, e talvez levar a cabo seu novo plano( viver no interior, ser ultil para as pessoas, uma boa mulher, casa, filhos...), mas, ao se ver preso e num estágio avançado de fragilidade, Alex fica desnorteado, clama por comida e no desespero erra ao tentar reconhecer uma planta para consumo, logo ele, sempre tão atento as palavras cometeu um erro  fatal. Ele não queria ser envenenado pela civilização e acabou envenenado pela natureza!
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O filme é lindo. Fiquei uns 10min. paralisado após o filme,  engolindo  seco nossa cultura, nossa civilização decadente. Verei de novo com certeza, e quero mostrar este filme, esta história deste jovem idealista para todos. Ele não queria ser herói, queria se encontrar interiormente. Confesso que gosto de pensar que o real Chris teve uma morte reveladora e poética como a retratada no filme. A foto dele encontrada e seus apontamentos indicam que ele estava pleno, em harmonia consigo e com o meio. Todos temos o direito e principalmente o dever de ter 15min. de nossa existência na natureza selvagem.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Livro "Pra ser sincero"


Foi lançado no fim de Dezembro de 2009 pela Editora Belas Artes o livro "Pra Ser Sincero" 123 variações sobre o mesmo tema (chamaremos de PSS123), escrito por Humberto Gessinger (HG), fundador e líder dos Engenheiros do Hawaii (EngHaw).
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No livro HG começa contando o início de sua formação musical influenciada pela família e por dezenas de disco que um amigo da família havia deixado em sua casa. Para fãs mais atentos, me incluo ai, são informações extremamente legais de se ter acesso. São simples, nada assim fora do normal....mas que pra mim dizem muito. Depois ele segue meio que dando umas pinceladas ano-a-ano sobre cada disco lançado, desde a Coletânea Rock Grande do Sul até chegar ao Pouca Vogal.
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A narrativa de HG funciona maravilhosamente. Não é burocrática, é orgânica. Parece as vezes um papo descontraído com um conhecido num fim de tarde. Depois são 123 letras, a maioria com algum comentário.
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O sentimento ao terminar de ler é de pedir bis. Mas neste caso não funciona como num show ao vivo, uma pena. Esperemos então algum outro trabalho escrito de HG, mesmo achando eu isso dificil....ele sempre é um tanto auto-critico e reservado, não sei se lhe interessaria escrever mais sobre si mesmo, ainda mais sendo esse tipo de texto muito dificil de achar a dose certa, falar de si mesmo é delicado, e até leviano...pois o narrador é o principal personagem, dai tudo se mistura, criatura e criador, embassa o espelho e periga vai ao chão.
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Minha nota pro livro é 8.8. Nada mais que um número, já que achei tri bom.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Dica

Para ler posts antigos, grife com o mouse o texto!!! Isso se faz necessário porque antes eu usava uma fonte de cor clara para escrever, visto que o layout desta página era escuro. Com a mudança de layout, os textos de cor clara ficaram invisiveis praticamente, e como não tenho saco pra editar todos para uma fonte escura, dou esta dica... OBS.: Este layout ainda não é o definitivo...é transitório.