Peças de um motor.

sábado, 20 de abril de 2013

Última trincheira.

O uniforme universal que nos é imposto todos os dias cansa! Com o estudo e conhecimento, que servem como uma forma de descoberta continua, vamos vendo com clareza o que nosso instinto, o qual teimamos em ignorar, já nos dizia há tempos.

Sou individualista por natureza, não por arrogância nem muito menos por suposta superioridade (afinal, o que torna alguém superior?), muito antes o contrário, não me sinto cômodo sendo referência para algo ou alguém (afinal, o que quer dizer referência?). Segundo pessoas do meu convívio íntimo, volta e meia me encontro numa bolha invisível, porém densa, o que denominam : "mundinho próprio".

A crítica é aceitável (do ponto de vista de quem está de fora), e para mim, soa como um elogio! Tenho essa loucura saudável (do meu ponto de vista), de absorver defeitos como virtudes (seria isto meu principal defeito? Ouroboros). 

O mundo e todas as suas sujeiras nada implícitas, nos cerca, e nos cerca muito bem, então entendam o porque de minha alegria ao ser alfinetado pela agulha da crítica de "individualista"... esta é a última trincheira que nos resta. Nosso "mundinho próprio", onde não entram  as amarguras da vida real, é nosso refúgio interno, onde carregamos nossa bateria, que constantemente é esvaziada por corpo e mente, cheios de uma vida tão vazia.

Se me encontrares com o olhar perdido
empunhando lápis e folha
não seja algoz com tua agulha
não fure o mundo em minha bolha.