Peças de um motor.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Changes

  Talvez para se ter uma idéia melhor do que realmente deve ser aceito com naturalidade nesta vida, seja necessário anos de estudo, isto num panorama amplo. Num panorama mais intimista, pessoal...alguns segundos de atenção resolvem a questão.

  A mudança, atinge nossas vidas querendo ou não. Esse elemento "querendo ou não" da a exata noção do quanto temos controle nesta jornada...ou seja, controle algum! Pois "querendo ou não" tudo muda, e neste "tudo" está você, que muda também...

  Comecei a semana "mudando", iniciando um projeto novo, dando um passo adiante (ainda não sei o tamanho dele)...semana passada dei um outro passo adiante em outro projeto, este mais concreto para seu objetivo final. Ambos por minha vontade e iniciativa. Encaixando-se no "querendo" da minha teoria de bar.

  Desde sempre, ao buscar a Nick no colégio ela ia no meu colo até a camionete...lááá do portão interno da escola até o veiculo, em torno de uns 30m.´Ela foi crescendo (mudando) física e mentalmente. Até ano passado alguns coleguinhas esboçavam um deboche :" colinho do papai", diziam sorridentemente ácidos. Ela sacudia os ombros em desdém e se agarrava mais ainda em mim.

  Este ano, ainda nos primeiros dias de escola a rotina anterior foi mantida, até que um dia...ela veio até mim no portão interno da escola e me estendeu a mão...perguntei logo se ela não queria colo, respondeu que não, que iria caminhando mesmo, num misto de alivio e pesar. Alivio por dar um passo em direção a sua mocidade...e claro, pesar por deixar o colinho do papi em nome da mudança necessária. Nem preciso dizer que meus dois sentimentos foram os mesmos dela e pelos mesmo motivos. 

  O filhote Toby único sovrevivente entre 15 crias da cachorra de pátio lá de casa, a  Poly...está quase desmamando,o que implica em uma mudança considerável em sua vida. Mudará em breve de dono, de casa, de companhia e provavelmente também de nome. Mudança pouco é bobagem! Encaixando-se para mim a situação de mudança da Nick na parte "ou não" da minha teoria de bar...assim como para o Toby.

  Zero controle, mas com sensação de controle absoluto, eis o segredo. Temos a sensação de rumo, e isso alivia opesar deste caminhar perdido.

  Devemos deixar as coisas mudarem e irem, como sugere a canção.