As redes sociais crescem e os contatos diretos/humanos diminuem. Ainda uso o Orkut, cada dia aumenta a sensação de deixar esse local virtual. Ali pessoas que moram na mesma cidade e/ou bairro e/ou rua, e/ou (pasmem) casa, se deixam recados...eu que acho os recados escritos á mão, as pressas de uma saída repentina tão poéticos... ou ainda post its presos as geladeiras...estou totalmente fora da onda, agora só recado no Orkut!
As vezes dá a impressão que as pessoas vão a eventos munidos , é claro, de suas maquinas digitais e/ou celular-filmadora-mp3-mp4-e o escambal, só pra registrarem que estiveram lá e logo que chegarem em suas casas postar tudo no Orkut e/ou YouTube e /ou Facebook e/ou etc...ou seja, a vida ficou movida a viver-registrar-postar...só que esse "viver" parece estar condicionado a ultima parte da trilogia moderna, o "postar"..desde a roupa, a maquiagem, a atitude, a pose são pré-programados para sair bem no registro, seja ele fotográfico e/ou filmográfico.
Alguns mais ansiosos ainda em que todos vejam suas fotos e/ou vídeos nesses meios sócio-virtuais, colocam anúncios: "CASAMENTO DO FULANO, BAITA FESTA", e/ou "EU EM SALVADOR-BA"
Não "pensem" que sou um chato. Tenham certeza absoluta de que assim sou! O problema de anunciar todo e qualquer passo da tua vida numa rede social é que a maioria esmagadora de teus amigos e/ou seguidores, NÃO faz parte da tua vida, nem de forma indireta que se diga. Faça o teste, revise seus amigos no Orkut.
A Mãe me abriu os olhos pra algo que acontece seguido no Orkut, pessoas noticiam e/ou deixam mensagens para falecidos. Não basta aquelas fotos de nascimentos, onde a mãe posta foto desde a primeira ecografia, passando pelo crescimento do cristão em sua barriga, chá de bebê etc...até a hora do parto. Pior usam a criança pra criar um usuário e então vasculhar perfis alheios. Agora a onda é essa, homanagens postumas. A não ser que no céu e /ou inferno tenham computadores e Internet, é melhor dizer o que se tem a dizer aqui e agora, depois não adianta postar comentários de extremo mal gosto sentimental para pessoas que partiram.