Peças de um motor.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Funil

Nosso chão não é plano...não andamos pra lá e pra cá numa superfície estável. A ciência e a percepção nos mentem, nos iludem!

Nosso chão é a parede inclinada de um cone, de um funil!

Ai nessa parede estamos nós, tentando eternamente dia-a-dia (logicamente) não resvalar para baixo e por consequencia cair pelo "ralo" do funil, que neste caso...não sabemos onde vai dar (se é que vai a lugar algum).

Pra dificultar as coisas um "pouco", as vezes sentimos como se a parede do funil fosse lambuzada de um óleo, deixando a aventura da escalada mais emocionante ainda...na verdade a palavra deve ser dramática, instigante. Um bater de pernas e braços sem sair do lugar, onde a vitória é ao menos não resvalar. Algumas pessoa (não sei porque razão) parecem passar mais tempo nestas "pegadinhas", neste andar sem sair do lugar...outras se prendem melhor a parede inclinada e sobem.

Certamente estou a uma distância segura do fundo, não tenho queixas maiores nesta minha jornada, a não ser as reclamações caprichosas de um senhor de 32 Primaveras com aspirações artísticas que ainda não saíram do plano teórico, onde tudo se forma mas onde nada toma forma real.

Sempre que penso reclamar desta "subida", vejo que o culpado sou eu, não somente eu, visto que tudo ao redor implica na tua vida, mas sou o culpado-mor. Mas ao invés de me indignar com isso, em ser a própria  ancora que não deixa partir...vejo que a solução é tátil...possivel!

Se nós mesmos somos o problema, então logo, somos a solução...a cura que é sintetizada a partir do próprio veneno.

Ao deixar de ser ancora...me tornarei velas! Na hora certa com o vento certo...é possível ir adiante. Olhar pra borda superior do funil nesta dura aventura é muito mais cativante que ficar temendo a queda livre rumo ao gargalo do funil.