Peças de um motor.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Hibridismo massivo.

Convergência. Eita palavrinha peçonhenta. Líquida, se adapta a tudo e nunca é nada definitivo. Já havia falado há tempos atrás, quem diria que os aparelhos 3 em 1, popularizados na década de 70/80, eram apenas a ponta do iceberg. Hoje os celulares são aparelhos híbridos que fazem tudo e tu já nem sabe bem o que vem de ferramentas nele (salvo nerds que fuçam cada menuzinho inútil).

Como sempre, as vezes bate assuntos deste tipo e faço um exercício tentando lembrar de outros exemplos deste hibridismo desatado que paira no ar e recai sobre as pessoas.

Lembrei da Cherry Coke, que nos anos 80 chegava as prateleiras do varejos capitalistas com a ótima solução de matar não só a sede dos viciados no xarope dos ursos polares, mas também, a sede dos adeptos da cereja? WTF?! A lembrança do gosto segundo a memória de minhas papilas gustativas era: horrível!

A música (usarei este termo como mera simplificação) há algum tempinho está assim. Os ritmos vão sendo adoravelmente juntados numa mistura tão homogênea quanto água e óleo. PagoFunk, SambaRock, PagodePopSertanejoFunk .............universitário. Caralho, e as rádios, que atiram pra todos os lados numa salada de fruta musical ácida e danosa a qualquer ser humano minimamente sensato. E os ouvintes ecléticos (outra palavrinha peçonhenta) " eu gosto de tudo"! 

O certo é que ninguém oferece nada que não tenha demanda. O hibridismo nojento foi as telas de cinema, Cowboys e Aliens...para gregos e troianos ao mesmo tempo!

Não causa estranheza a demanda e aumento notável no número de travestis, estes são a afirmação sexual do hibridismo massivo. Curvas, bunda, peitos e piroca. Gregos e troianos sorriem satisfeitos simultaneamente.

Agora, o gosto destas junções, ao menos para chatos como eu, são como o da Cherry Coke, um xarope com gosto de cereja que ao tentar agradar os dois lados, estraga ainda mais o que cada um em separado já tinha de ruim.


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