Peças de um motor.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

4 cordas




Infelizmente por problemas técnicos no som, na última vez que subi a palco a sensação que ficou não foi boa. Desconforto e certa irritação. O retorno foi nota zero. Putz levei um equipamento legal, dois baixos, pedal compressor.... mas nem passagem de som teve. Nem pude sentir qual chuteira serviria para o gramado. Pra frente então pelo que vi depois, melhor ouvi, estava de dar dó, distorcido, sujo e baixinho.




Pensando nesse lance de som em palco, me ocorreu o seguinte: somos reféns de outra pessoa que esta no comando do aúdio. Claro isso porque tocamos com som contratado e não próprio, que inveja das bandas que possuem esta ferramenta, ter um profissional que sabe como tu gosta de soar, e saber que este som que queres transmitir será ouvido exatamente assim pela platéia.




No nosso caso, uma pessoa qualquer lança ao público o som que lhe parecer melhor. É uma atrocidade com a arte na verdade.




Imagina tu escrever num livro: o céu está azul, e o editor publica : chovia muito... é uma boa analogia para o que acontece na música.




Gostaria de soar como soo. Que o céu fosse azul também pra platéia, tal qual estou dizendo. Gostaria de mais tempo nessas horas de correria, pra sentir melhor, pra ouvir o que o instrumento nos pede, o que a letra nos diz, mas na hora do rush, fica impossível ser sincero, e subir a palco pra expressar algo que não vem da alma é frustante e de uma indelicadeza enorme, contigo mesmo, com teu instrumento e com os ouvidos alheios.

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